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14/04/2008 10h18
43 - A GRAFIA DOS NOMES NAS COLÔNIAS ALEMÃS DO SC e RS


UM POUCO SOBRE A GRAFIA DOS NOMES NAS COLÔNIAS ALEMÃS
DO RS e SC.

Gaspar Henrique Stemmer
São Leopoldo-RS

Este texto foi permitido a ser publicado na genealogia dos Beckhauser, por e-mail,
(19 Setembro 2005 - 4:47:38am) pelo Sr. Gaspar H. Stemmer ao Sr. Laércio Beckhauser em agosto de 2005.

Observação:
"Estamos anexando estas informações sobre a grafia de nomes alemães, pois há muitas controvérsias e este pesquisador (Stemmer) fez a pesquisa e nos orienta e informa a este respeito. Elucida nossas dúvidas e fornece elementos reais e históricos em nossa  e em outras pesquisas."
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A grafia de nomes dos colonos alemães divergiam de um registro para outro, dependendo ainda de como as pessoas eram conhecidas pelos familiares e amigos.

Para o pesquisador, sugerimos primeiramente que os nomes devam ser mantidos na sua forma original.
Em algumas obras genealógicas os nomes foram traduzidos para o português, o que deve ser evitado.O costume de exigir que o nome de uma pessoa tenha forma totalmente determinada e fixa é moderno, coisa de burocratas, e parcialmente motivado pela grande população atual, onde diferenças podem causar confusão.

Em épocas passadas quase todos se conheciam nas comunidades, e a forma como o nome era dito era o que valia.
Os pastores, padres e funcionários públicos anotavam os nomes como lhes soavam, e assumiam freqüentemente a idéia de que as pessoas não saberiam escrever seus próprios nomes melhor do que eles.

Era costume as pessoas de origem alemã se apresentarem com o nome em alemão a quem falasse alemão, e em português a quem falasse português. Assim, Karl, Carl, e Carlos; Elisabeth e Isabel ou Izabel, etc., são rigorosamente a mesma coisa do ponto de vista dos costumes da época.

Este costume foi se alterando aos poucos com a introdução do registro civil, pelos fins dos anos 1800, e terminou de vez com a perseguição de que os alemães e descendentes foram vítimas durante a 2ª guerra mundial.

Nomes alemães serviam como justificativa para perseguição, e o uso pouco rigoroso das formas do nome servia para acusações de falsidade ideológica.
Na época da guerra muitas pessoas tiveram suas casas saqueadas, seus livros queimados por serem escritos no idioma alemão, como também alguns registros de igrejas (como os de Lomba Grande), tiveram seus rádios irregularmente apreendidos por policiais e autoridades com a desculpa de estarem sendo utilizados como instrumentos de espionagem, e até motos e carros de fabricação alemã foram igualmente apreendidos com justificativas assemelhadas.

No nomes alemães, freqüentemente - de fato quase que usualmente - o segundo prenome de uma pessoa, com mais de um prenome, era o principal, ao contrário do costume para os nomes portugeses.
Muitas pessoas invertiam a ordem dos nomes, de acordo com a língua em que se apresentavam, para preservar a preferência de nomes.
Assim, alguém com o nome de Johann Karl, acostumado a ser chamado Karl, poderia ser Carlos João em vez de João Carlos nos documentos e registros em português, para que Karl ou Carlos fosse assumido como nome principal.Em alemão, certos sons podem ser grafados por mais de uma maneira, como, por exemplo:

a) V soa como F, (o nosso V é grafado W em alemão); assim Vetter e Fetter, Höfel e Hövel soam igual.

b) EI, EY, AI e AY soam AI. Assim temos o nome Kayser escrito como Keiser, Kaiser, Keyser.

c) K, CK e às vezes o C, dependendo da vogal que o segue, soam igual, etc. Assim temos Caspar e Kaspar, Karl e Carl, Catharine e Katharine, Frank e Franck.

d) Ä (a tremado) e AE são considerados equivalentes gráficos. Assim Kraemer e Krämer é a mesma coisa.

e) Ö (o tremado) e OE são considerados equivalentes gráficos. Assim Köhler e Koehler, Kröff e Kroeff são equivalentes.

f) Ü (u tremado) e UE são considerados equivalentes gráficos. Assim temos Müller e Mueller, Schuenemann e Schünemann, Schüler e Schueler.

g) DT e TT soam como T, assim temos Schmidt, Schmitt e Schmit. No livro de registros 1 da Comunidade de Hamburgo Velho, o pastor Haesbaert era consistente em reservar a forma TT para a família de Johann Peter Schmitt e seus irmãos. Nos livros 2 e 3, a

h) Z soa como TZ ou TS, sendo assim a grafia TZ redundante. Temos Harz e Hartz, às vezes até Hardts, Mentz e Menz, Schmitz e Schmidts, Schweizer e Schweitzer.



No dialeto do Hunsrück, prevalecente nestas colônias, há várias diferenças de pronúncia em relação ao alemão oficial e ao de outras regiões da Alemanha, fazendo com que as vezes nomes fossem escritos pelas regras de grafia do alemão oficial aplicadas à pronúncia do Hunsrück, ocasionando variações de grafia.

Alguma pessoa mais cuidadosa poderia corrigir uma suposta pronúncia do Hunsrück e fazer uma supercorreção. Assim temos:

a) A tendência do Hunsrück é pronunciar os B como P, G como K, D como T, G, C, K e CK finais como CH (som H fortemente aspirado). Assim temos Prass e Brass, Blauth e Plauth, Gross e Kross ou Cross, Trott e Drott, Stork ou Storck e Storch.

b) Na grafia alemã oficial, o comprimento das vogais pode ser aumentado ou diminuído pelo acréscimo de um H ou pela duplicação da próxima consoante. O comprimento das vogais, e até a importância deste comprimento para distinguir palavras, varia de dialeto para dialeto. Assim certas vogais são alteradas em comprimento, levando H ou consoantes duplas após vogais, indicando vogais longas e curtas, serem acrescentados ou removidos.

Temos assim Dahmer e Damer, Köhler, Köller e Köler, que também aparecem como Kehler, Keller e Keler.

c) Na grafia alemã antiga, o T era comumente seguido de H, não tendo o H no caso som algum; assim era comum T virar TH ou vice-versa. Temos assim Ruppenthal e Ruppental, Thomas e Tomas, Blauth e Blaut ou Blaudt, Catharina e Catarina.

d) O Ä (a tremado), ou seu equivalente, AE, pode ser pronunciado Ê ou É, conforme a região da Alemanha. Assim Ä ou AE podem virar E, ou vice-versa. Assim temos Kraemer, Krämer e Kremer ou Cremer.

e) O Ö (o tremado), ou seu equivalente OE, podem ser pronunciados como um Ê ou É gutural, pronunciado na garganta, ou como Ê ou É, dependendo do dialeto. Assim Ö ou OE podem ser grafados E, ou até Ä ou AE. Assim temos Köhler e Kehler.

f) Os R podem ser atenuados, principalmente em final de palavra. Alguém que escreva os nomes como os ouve, poderá perdê-los. Assim, não é de estranhar que o nome Blankenheimer vire Blankenheim ou Plankenheim, Momberger vire Momberg, etc. A tendência de "comer" o fim das palavras leva a certas confusões como Hönisch virar Hönes.

g) EU soa no alemão oficial como ÔI, e OI ou OY como ÓI, que em certos dialetos podem ser confundidos. Assim podemos ter von der Oye ou von der Eue.

h) No caso do dialeto Hunsrück, EU (ÔI) vira EI (AI). Assim Deutsch, que significa "alemão", e se pronuncia "dôitch", é pronunciado "dáitch" no Hunsrück, levando a grafia Daitsch ou Deitsch. Temos assim Deuner e Deiner ou Teiner.

i) Em certas posições, como na sílaba MOM, o O (pronúncia Ô) tende a virar U em alguns dialetos. Temos Momberger e Mumberger, Mombach e Mumbach.

j) AU tendia a virar O em Hunsrück, assim temos Pauline sendo pronunciado como Poline, felizmente quase sempre como forma caseira de chamar a pessoa.

k) O B do alto-alemão quando intervocálico virava W (nosso som V) no Hunsrück. Como a maioria dos W intervocálicos do Hunsrück correspondem a B, Kuwer é supercorrigido para Kuber.

Não era raro as pessoas serem chamadas pelos seus sobrenomes acrescidos de S do genitivo, indicando "de", seguidos de seus prenomes. Assim Peter Schmidt poderia ser chamado Schmidts Peter (Peter do Schmidt).

Assim, pode ter havido incorporação do S no final do sobrenome, Schmidt virando Schmidts ou, com mesma pronúncia, Schmitz, e até eventuais trocas de nomes por sobrenomes. Em certas regiões da Alemanha se usava o sobrenome acrescido de "in", sufixo formador do feminino, quando se referindo a mulheres. Assim Griebel (pronunciado Kriebel no Hunsrück) vira Kriebelin.
Certas pessoas se apresentavam por formas encurtadas ou diminutivas de seus nomes. Em alguns casos estas formas podem ter sido registradas como sendo o nome, e em casos em que o diminutivo é idêntico para nomes diferentes, como Lene ou Lena para Helene/a ou Magdalene/a, ou Line ou Lina para Caroline/a ou Pauline/a os nomes podem ter sido trocados. Assim podemos ter Helene registrada como Magdalene ou até Lene, etc.

Na Alemanha são comuns pessoas de origem polonesa, e muitos poloneses e alemães poloneses vieram para o Rio Grande do Sul.

Os nomes poloneses foram freqüentemente adaptados à pronúncia e grafia alemãs. Por exemplo, nosso som "ch" é escrito "sch" em alemão e "sz" em polonês. Assim

Desta forma, pessoas que são parentes podem usar o mesmo nome, cada uma grafando-o de uma maneira e, da mesma forma, pessoas da mesma família podem grafar seus nomes de maneira diferente.

A influência do português, especialmente onde era dominante, levou a distorções adicionais dos nomes. Nos registros públicos e nos da Igreja Católica - principalmente nos mais antigos - são comuns registros em que os nomes são muito distorcidos.

Temos Schli(t)zer virando Selistre, Knobloch virando Conoblô, Schneider virando Chinaida, etc. O Ü, que é pronunciado como um I gutural (de garganta), vira normalmente I em português, de forma que Müller vira Miller ou Miler.
 
...


Publicado por Beckhauser em 14/04/2008 às 10h18
 
14/04/2008 10h03
42 - A Influência do nome de família na vida mental, social e profissional. Nascimento e Objetivo de um Nome

                            Nome de Família – SOBRENOME

 

A Influência do nome de família na vida mental, social e profissional.

 

"O nome de um homem, pode ser considerado uma simples expressão sonora do que é o homem, pode também ser um presságio do que ele será, se descobrir, há tempo, o seu significado".

(William Faulkner, em Luz de Agosto – 1932).

 

 

Existe uma nova disciplina denominada como "psicognomia" sendo um ramo derivado da psicologia e que estuda o sobrenome das pessoas em relação a sua vida social e mental.

 

O nome na origem humana

 

"Procurar não significa nada. O importante é encontrar".

(Pablo Picasso

Nos primórdios da humanidade, ao estudarmos a história, a geografia e a cultura de nossos antepassados observamos que o nome possuía uma importância mágica e que coincidia com a realidade imaginária da pessoa.

Os povos primitivos não tratavam os nomes das pessoas de maneira superficial, mas havia um simbolismo no que se referia ao destino da pessoa em relação a seu nome.

Havia tanto um realismo entre a palavra e a realidade e um animismo entre a vida real e a intenção nominal.

Nos índios americanos o nome era uma parte distinta de sua personalidade.

Na Bíblia dos hebreus, nos Gêneses, está escrito que Deus fez a luz e chamou a luz de dia e as trevas de noite.

No Novo Testamento há esta afirmação: "Simão, te chamarei de Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...". Em outra parte está escrito: "O Bom Pastor conhece cada uma de suas ovelhas e o nome delas estão escritas no céu...".

Em todas as partes do mundo há a necessidade de dar um nome a pessoa classificando-a desta forma no seio de sua sociedade.

Os nomes dados a pessoa podem ser em relação à participação de sua classe ou de seu grupo. Ainda poderá ser o nome algo referente a sugestão que poderá impor ao meio social.

Poderá ser tanto um nome profano, popular, sagrado ou religioso.Cada povo possui sua cultura que é imposta a todos seus participantes.
 

 

Nascimento e Objetivo de um Nome

 

Como nasce um nome e um sobrenome?

Qual o motivo?

Qual o objetivo?

 

Estas questões poderão ser respondidas pela história. A pergunta mais difícil é sabermos quando nasceu o sobrenome. Recentemente, no mundo ocidental, o sobrenome é colocado após o nome de batismo, é norma religiosa, social e atualmente jurídica baseada no Direito Civil de quase todos os povos que se baseiam no Direito Romano em suas instituições legais.

Se denominarmos alguém de Pedro, Paulo, Antônio, Francisco, João ou Marcelo, colocamos posteriormente o nome da família de seus genitores.

Assim teremos o Marcelo Martins, o Francisco Silveira e o Paulo Azevedo. Se numa localidade existem dez pessoas que se chamam Paulo, alguém poderá chamar o pequeno Paulo, o gordo Paulo, O Paulo filho de José e assim por diante.

Não existe data exata do nascimento do sobrenome das pessoas. Admite-se ter iniciado na Idade Média entre os anos de 100 a 1300 na cidade italiana de Veneza.

Portanto, os sobrenomes são ainda relativamente recentes e possuem no máximo 700 anos. A Igreja Católica, pelo batismo, consolidou o uso da família, como sobrenome, nas diversas comunidades humanas.
 

 

Sobrenomes entre os gregos e latinos

 

Os gregos usavam somente o nome individual. Havia também o uso determinado pela família paterna ou materna como Felipe (filho) de Aquiles ou Telêmaco (filho) de Penélope. Usavam os latinos, às vezes, o lugar de nascimento ou o topônimo como, por exemplo: Tales de Mileto. Isto é, proveniente da localidade de Mileto.

Ainda usavam uma qualidade corporal do indivíduo, como: Aquiles Pé Veloz. Alexandre, o Grande.

Os gregos usavam a idade, o lugar onde viviam, ou a filiação, para distinguir seus habitantes. Já em Roma, os latinos eram mais precisos na nomeação de seus cidadãos.

Já os romanos usavam uma fórmula tripartite, ou seja, havia o prenome, o nome e o sobrenome. Exemplo: Caio (prenome) + Júlio (Nome) + César (sobrenome).

Estes três elementos nominais correspondiam à posição social do indivíduo. Inicialmente os romanos usavam somente o prenome, mas no ano 16 a.C começaram a adotar o nome e o sobrenome adveio como privilégio dos patrícios, para serem distinguidos das famílias plebéias.

As mulheres poderiam usar o sufixo illa ou ina, com o nome paterno. Exemplo: Valeria Messalina era filha de Valerius Messala.

Os escravos possuíam somente o prenome. Poderiam ser chamados também pelo nome de seus senhores, como, por exemplo, Marcus Tullius Tiro, era o escravo de Marcus Tullius Cícero, mas quando estavam só, chamava-se escravo Tiro. 

Sobrenome na Idade Média 

Após o século V e até o século X, era adotado somente o nome único de batismo. Após esta data, até o século XV, introduziu-se o duplo nome, sendo portanto o nome seguido sempre do sobrenome que teve a tendência de se tornar hereditário. Após o século XVI houve a organização do Estado Civil e o sobrenome foi definitivamente constituído e consagrou-se em todas as comunidades e principalmente em todo o Ocidente. No código do ano de 1200, em Veneza, era recomendado especificar no nascimento de uma criança, sua pátria, a profissão dos pais, o sobrenome, a família ou dar alguma outra indicação para não haver ambigüidade entre os moradores do lugar. Aqui surge então o uso geográfico, topônimo, étnico da população, de uma estirpe, de uma nação, de uma região ou de uma cidade.

Desta forma foi possível calcular, com certa precisão, o deslocamento imigratório de pessoas de uma cidade para outra.

Até o estudo da genética foi favorecida pela transmissão hereditária do sobrenome pelas características de geração em geração. Atualmente, através de estudos de gens e cromossomos, há condições de precisar a hereditariedade das pessoas e dos seres.

A Biologia pode utilizar seus conhecimentos para identificar os gens de familiares em diversas partes do mundo e em cidades distantes ou próximas.

A Igreja e a família sempre tiveram a preocupação de dar uma denominação pessoal a todos seus componentes. O sobrenome também tornou-se uma necessidade e interesse público maior que o interesse particular.

Os cartórios, os comerciantes e os nobres tinham um grande interesse de não haver confusão entre os nomes das pessoas que habitavam nas suas cidades e regiões. Após 1500, o sobrenome se tornou uma necessidade social e jurídica.

Surge nesta época o direito do sangue (Jure sanguinis).

 

Concílio de Trento 

Em 1563, no Concílio de Trento, no norte da Itália, que foi convocado para promover a Reforma da Igreja em virtude das divergências entre católicos e protestantes, houve a regulamentação do batismo, com a obrigatoriedade de ser colocado o nome da família como sobrenome ao nome do batizado.

Desta forma houve uma formalização oficial entre os casamentos, sendo desaprovadas as uniões consangüíneas.

Neste ponto começaram a surgir os sobrenomes familiares externos nos diversos casamentos, com o nome diferente daquele da sua família. As mulheres começaram a perder a identidade paterna, pois começaram a usar somente o sobrenome familiar de seu marido e companheiro.

Na França, na Suíça, na Alemanha, na Itália e em inúmeros outros países houve um ordenamento jurídico em seus códigos e as constituições atuais garantem e preservam os sobrenomes em todos os registros públicos com o nome e sobrenomes de toda população.  

Os Sobrenomes no Mundo

 

Os Hebreus 

Inicialmente, em sua pátria, os hebreus tinham somente o nome individual. Após a diáspora para o Ocidente, ano 70 com Tito e no ano 135 com Adriano e com a destruição de Jerusalém, os israelitas fixaram-se em toda a Europa. Inicialmente se estabeleceram em Roma, no Sul e nas ilhas italianas. Com o passar dos anos, os hebreus reuniram-se em pequenas comunidades e usavam as cidades de origem como sobrenome, apostos a seus nomes. Freqüentemente usavam os sobrenomes  Ancona e Senigaglia, pois queriam se identificar como originários destas regiões. Também, muitas vezes, traduziam seus nomes israelitas para a língua italiana, por exemplo Ben Porath (=filho do fruto) transformou-se para Bemporad ou para De Pomis. O nome "abulafiya" (farmacêutico) transformou-se em Abolaffi ou Bolaffi.

Ainda foi costume em determinadas épocas, por perseguições religiosas, os hebreus se converterem ao cristianismo e para se protegerem adotavam o nome de batismo igual ao de seus padrinhos.

 

Países Anglo-saxões (Alemanha, Suíça, Áustria, Inglaterra, Holanda, Suécia, Dinamarca, Noruega e Arredores)

 

Nestes países era comum haver o sobrenome paterno com as terminações, sohn ou sem que significa filho de. Ex.: Friderichsohn ou Karlssen ou Johannesohn. Na Islândia há o velho costume escandinavo de colocar o sufixo -–on (=filho) e dottir (filha). Ex.: O pai de Tryggva Jonasson se chamava Jonas, e a filha de Tryggva tinha o nome de Tryggvadottir.

Ainda há o caso do acréscimo da letra – s (Stevens – Di Stefano) ou do prefixo fits (francês antigo, fils) . Na Escócia e na Irlanda há o uso constante do Mac ou MC que quer dizer filho de. (Mac Donald).

Na Irlanda há a forma O'(O"Brien = descendente de Brien). Após 1700 houve a tendência de se usar um nome intermediário ao nome e sobrenome, como John Fitzgerald Kennedy e podia ser usado também somente as suas iniciais – JFK. Outro exemplo: Johann Karl Beckhäuser = JKB. 

Países Eslavos (Polônia, Rússia, Estonia, Eslováquia e Arredores) 

Usa-se também ao nome paterno o sufixo -ovic: Petrovic = De Pedro.

Neste caso há a declinação deste sufixo para o gênero masculino e feminino e também para o número singular ou plural.

Exemplo:

A mulher de Pedor Michajlovic (=filho de Michail) Dostoevskij é Marja

Dimitrevna Isaeva (= filha de Dimitri Isaev).

Outro Exemplo:

No romance "Os irmãos Karamazov" temos a personagem "Bratja Karamazovy".

 

Países espanhóis (Espanha e América Latina)

 

Na Espanha é utilizado o uso do sobrenome paterno e também do materno (De...y...): Miguel de Cervantes y Saavedra.

 

Grécia 

Os sobrenomes gregos podem ter o sufixo –pulos: Papadopulos, Antonopulos. Pulos significa filho de, derivado do latim pullus (=pequeno, jovem).

Arábia 

Os nomes árabes possuem uma denominação complexa.

O nome poderá ser seguido pelo seu antepassado (nasab), elencado genealogicamente após a palavra ibn (filho de).

Poderá ter o nome de um familiar (kunyah) o que mais se aproxima de nome ocidental, pois pode ser um patronímico, um matronímico ou um tecnonímico, consoante sua característica individua,l como por exemplo: "abu" que significa pai, mãe ou possuidor.

Poderá ter ainda o nome de nação  (nisbah) que designa a origem ou o partido político de seu portador e ainda o sobrenome (laqab) que descreve a qualidade física ou moral do portador.  

China e Japão 

No fim do século IV a.C, o nome da família permanece o individual. Na China havia também o nome do nascimento (leito), o nome da Escola, O nome do casamento (16 anos) e o nome oficial quando havia para este ato um exame público.

No Japão, há quase uma cópia dos costumes chineses. No final da era Meiji, o uso da família era limitado às pessoas ricas e foi considerada a "idade divina’’ sendo usado muito o nome da localidade de origem das pessoas. O sufixo –hito (" benevolência") era usado pela família imperial japonesa. 

Brasil e Portugal (Angola, Macau e Moçambique). 

Os países de língua portuguesa, e principalmente o Brasil, sede do governo português em 1808, com Dom João VI e posteriormente com seus filhos Pedro I e Pedro II, usaram as normas legais e usuais das tradições lusitanas em seus domínios e colônias.

Portugal, sendo um país que foi colonizado e invadido por diversos povos, teve uma identidade cultural e legal após o ano de 1200. Romanos, Godos, Visigodos, Alamanos, Árabes e outros invasores dominaram e deixaram um laço cultural extenso na terra de Camões com um grande cadeamento de costumes, folclores, língua e principalmente uma genética diversificada em todo povo lusitano.

Como houve um incentivo de imigrantes europeus para o Brasil, após o ano de 1820, para haver um branqueamento de toda população e para uma ocupação de espaço do imenso território brasileiro, inúmeros germânicos, italianos, espanhóis, poloneses, russos, ingleses, portugueses, japoneses e de outras nacionalidades se fixaram no Brasil, trazendo seus costumes, seus nomes e principalmente seus sobrenomes familiares.

Em virtude deste fato, no Brasil, são encontrados nomes e sobrenomes de praticamente todos continentes e países, mas com visível predominância de sobrenomes europeus.

Na Itália, nos dias atuais, 280 mil sobrenomes denominam mais de 56 milhões de italianos. No Brasil, não há estatística oficial e levantamento técnico de todos os sobrenomes do povo brasileiro, mas estima-se que este número poderá ser duplicado em relação ao número da Itália. Possivelmente mais de 500 mil sobrenomes compõem a lista da população brasileira.  

O Sobrenome como Palavra 

Todos os objetos no universo possuem um nome e o sobrenome familiar também faz parte da lista das palavras de um dicionário.

Como existem diversas línguas e dialetos em todo o planeta, os nomes e sobrenomes das pessoas são os reflexos e o resultado direto da fala de cada povo.

A língua é a reunião de palavras naturalmente sistematizadas, com as quais um povo se exprime, falando e escrevendo e os sobrenomes de família são os componentes que o povo identifica e nomeia seus semelhantes.

Através da linguagem glótica (oral) ou gráfica (escrita) temos a faculdade racional de expressar os nomes e os sobrenomes das famílias como palavras existentes no léxico, que é o conjunto de palavras que formam um idioma.

A fonia de cada som do nome e do sobrenome tem influência marcante na vida e na história de cada indivíduo. Os nomes e sobrenomes poderão ser analisados tanto na forma quanto no conteúdo.

A forma do nome ou sobrenome possui um som distinto. Analisamos também a anatomia do nome e sobrenome nos aspectos do prefixo, sufixo e da vogal final.

Podemos analisar ainda toda formação do nome nos componentes de proposições e dos nomes compostos, duplos, triplos e assim por diante.

Há ainda o estudo dos nomes e sobrenomes toponímicos, que são derivados do nome de uma localidade, dos nomes de profissões, dos nomes patronímicos, nomes comuns ou próprios e nomes por qualidade.

Ainda temos que considerar os nomes por composição do nome de batismo (Marcantonio) e pelos sobrenomes (Bellomo, Beckhauser). Estas composições poderão ser determinadas por verbos e substantivos, imperativos, vocativos e outras formas gramaticais.

Existe ainda a condição social, religiosa ou familiar do sobrenome como,  por exemplo: Papaleone, Papandrea, Notaristefano e Mastroianni.

A possibilidade da transformação do nome em virtude da constante mutação das palavras escritas e faladas é outra possibilidade estudada. Os registros em igrejas e nos cartórios sofrem alterações e muitas vezes escrevem um sobrenome como se pronuncia (fonia) e deveria ser soletrado este nome, pausadamente. Há erros na grafia de muitos nomes e sobrenomes de familiares, originando variantes que possuem a mesma origem histórica e genealógica. Um exemplo de aglutinação de uma palavra é o sobrenome Lobello que é originário de Lo Bello. Existe ainda a possibilidade inversa, da deglutinação. Por exemplo, La Magna, que se fixou como Lamagna, mas a palavra de origem é Alamagna. Temos outros exemplos de prócope: Arriguzzo, Riguzzo, Berlinguzzo, Uguzzo, Meniguzzo, Menguzzo, Miniguzzo, todos derivados de Domenico.

Existem ainda os usos das formas dos dialetos que poderão ser estudados para descobrirmos as origens de alguns nomes. E para finalizar, analisamos a gramática histórica  (sistematização orgânica dos fatos da língua desde a sua origem até nossos dias, considerando a evolução, as causas e processos) e a transformação dos nomes e sobrenomes.

Na análise do conteúdo poderá ser o seu significado restrito ou amplo e principalmente qual a sonoridade do nome e do sobrenome.

Desta forma poderemos decifrar qual a mensagem etimológica deste nome e sobrenome que denomina a pessoa em estudo. O verdadeiro sentido deste nome poderá ser analisado consoante sua origem até sabermos o seu significado primitivo.

Este é um estudo divertido e instrutivo. É gratificante e enriquecedor saber se um dos nossos antepassados foi magro ou gordo, falante ou tímido, branco ou negro, europeu ou asiático, bárbaro ou gentil, religioso ou ateu, militar ou civil, professor ou aluno, trabalhador ou poeta, comerciante ou lavrador, cantor ou pastor, pintor ou funileiro, marinheiro ou lenhador e assim por diante, com inúmeras possibilidades e descobertas.


Publicado por Beckhauser em 14/04/2008 às 10h03
 
13/04/2008 00h04
41 - O Ser antecede o Estar. “A existência precede a essência”.


Genealogia por DNA

 O Ser antecede o Estar


A essência é posterior a existência

“A existência precede a essência”

Este pensamento  em que
“a existência precede a essência”

define que nós somos existência inicial
para haver uma complementariedade
na nossa definição vital. 

Desta forma, concluimos que não existe
uma natureza humana, pois o
homem se faz consoante
suas projeções, seus sonhos e futuras ações.

Pela liberdade, as opções são individuais
e aí reside sua total responsabilidade
dos atos nos fatos e na sua história pessoal.

E pelas escolhas que definimos a
nossa existência e todos os seres humanos
vivem ou viverão consoante sua ações.

Somos frutos de nossas decisões.

...
Baseado em:
(J.P.Sartre -

“L´existentialisme est um humanisme”- Paris  - 1970)
...

Tópico 41 - 

Publicado por Beckhauser em 13/04/2008 às 00h04
 
12/04/2008 23h19
40 - Assepsia das emoções. Convívio familiar harmônico.
Assepsia das emoções. 
Convívio familiar harmônico.



Estudiosos em comunicação afirmam que há uma técnica adequada para nos comunicar com resultados altamente positivos.

Devemos fazer a seguinte análise da nossa mensagem:

a) Esta mensagem é verdadeira e pode ser comprovada com provas materiais e lógicas?

b) Esta mensagem é necessária, é eficaz e é eficiente?

c) Sendo positivas esta dupla análise, fale (escreva) de forma delicada e afetuosa.

Se você não usa esta técnica, possivelmente necessita de uma reeducação emocional, necessita fazer uma reavaliação com sinceridade no uso das expressões verbais que utiliza no seu dia-a-dia.

Às vezes, você pensa que seu seu vocabulário é inofensivo, mas poderá prejudicar seus semelhantes e ouvintes.



Numa pesquisa pela Clínica Mayo, em Minessota, USA, foi constatado que as pessoas otimistas vivem com 19 % a mais em harmonia consigo mesmo e com seus semelhantes do que os pessimistas.

Atitudes bem-humoradas e otimistas ajudam na qualidade de vida e na convivência humana saudável.

O humor negro, as piadas de mau gosto, o uso excessivo de superlativos, o deboche, a ironia, o sarcasmo, o humor amargo, o humor ácido, o humor cáustico são improdutivos, desnecessários e maléficos no relacionamento humano.

Quem se enquadra nestas circunstâncias, e acredita que esta é um forma agradável de viver e de conviver, deverá urgentemente corrigir sua maneira de avaliar e de fazer comentários nos relacionamentos humanos.

Na linguagem falada e escrita, nossas emoções normalmente são expressas mais pela forma adjetivada de expormos nossas idéias.

Necessário é suavizar o próprio vocabulário para atenuar a carga dramática das energias diárias, absorvidas pelas pessoas comunicantes.

Esta é uma forma de corrigirmos diariamente nossa forma de pensar, de agir e de nos comunicar verbal e graficamente.

Veja:
http://www.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=470724

...
Tópico 40 - 12 abril 2008 - sábado

Publicado por Beckhauser em 12/04/2008 às 23h19
 
12/04/2008 23h09
39 - Trova das "Família" ... Substitua para seu nome ou sobrenome.

Trova das "Família" ...
Substitua para seu nome...

Trova da Família Fogaça
(Laércio F. Fogaça Beckhauser)

Ser um FAMÍLIA é ser amor....
Valorizando mais esta raça...
Ser FAMÍLIA é um louvor...
É mais que prazer, é uma graça!

Ser FAMÍLIA é ser ardor
Já diziam nossos pais...
Ser FAMÍLIA é ser cantor...
E não se esquece jamais...

Ser FAMÍLIA é ser pensador...
Ja diziam os ancestrais...
Ser FAMÍLIA é ser condutor...
De carícias sem iguais...

Ser FAMÍLIA é ser receptor
De bons fluidos vitais...
Ser FAMÍLIA é ser restaurador
De biografias geniais...

Ser FAMÍLIA é ser superior...
Das etapas de nossas vidas...
Ser FAMÍLIA é ser promissor...
Das sensações por nós vividas.

by
www.laerciobeckhauser.com

Observação necessária:

Substitua a palavra FAMÍLIA para seu nome, sobrenome ou outro de seu amigo ou parente e veja o efeito benéfico desta trova.
É uma trova universal da Família , de seu nome ou de seu apelido.


Elaborado e criação de:
laerciobeckhauser@gmail.com
http://www.laerciobeckhauser.com/


...
Trova da Família BECKHAUSER
(Laércio Fagundes Fogaça BECKHAUSER )

Ser um BECKHAUSER é ser amor....
Valorizando mais esta raça...
Ser BECKHAUSER é um louvor...
É mais que prazer, é uma graça!

Ser um BECKHAUSER é ser amor....
Valorizando mais esta raça...
Ser BECKHAUSER é um louvor...
É mais que prazer, é uma graça!

Ser BECKHAUSER é ser ardor
Já diziam nossos pais...
Ser BECKHAUSER é ser cantor...
E não se esquece jamais...

Ser BECKHAUSER é ser pensador...
Ja diziam os ancestrais...
Ser BECKHAUSER é ser condutor...
De carícias sem iguais...

Ser BECKHAUSER é ser receptor
De bons fluidos vitais...
Ser BECKHAUSER é ser restaurador
De biografias geniais...

Ser BECKHAUSER é ser superior...
Das etapas de nossas vidas...
Ser BECKHAUSER é ser promissor...
Das sensações por nós vividas.

by
http://www.laerciobeckhauser.com/


VEJA DADOS COMPLEMENTARES NESTE ENDEREÇO:

Trova UNIVERSAL da Família. Ser FAMÍLIA é ser amor...Ser FAMÍLIA é ser promissor...Ser FAMÍLIA é ser ardor...

http://www.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=550614
e
http://www.laerciobeckhauser.com/visualizar.php?idt=550614

Observação necessária:

Substitua a palavra BECKHAUSER para seu nome, sobrenome ou outro nome
de seu amigo ou parente e veja o efeito
benéfico desta trova.
É uma trova universal da Família ,
de seu nome ou de seu apelido.

Bom divertimento e boa leitura!

FAMILIA BECKHAUSER OFICIAL BR

www.laerciobeckhauser.com

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Tópico 39 - 12 abril 2008 - sábado

Publicado por Beckhauser em 12/04/2008 às 23h09



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