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(Lalá do Brasil) Labeck = LBW
Textos


CRÔNICA – “A dupla face da madrugada”

 

- Há noites em que o corpo dorme, mas a alma desperta.

- - O relógio insiste em marcar um tempo que parece não passar.

- - A casa silencia, a cidade some, e ficamos só nós e o pensamento.

- - Nessas madrugadas de insônia, a solidão se aproxima como um bicho manso e ao mesmo tempo feroz.

- - Às vezes nos sufoca, outras vezes nos acolhe.

- Há algo mágico em sentir-se único no mundo, dono da noite, do mar e do tempo.

- - Um café simples pode se transformar em rito sagrado.

- - A escuridão, antes assustadora, vira abrigo.

- - E então, quando os galos cantam, os cães latem e o céu se acende lentamente, somos levados de volta à vida comum, onde os filhos despertam e o dia nos chama.

- - A insônia, afinal, pode ser castigo... ou dádiva.

 

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MINICONTO – “O telefone mudo”

- Risolete acordou às 2h17.

- Sentou-se na sala.

- Olhou o telefone. Desejou discar. Não discou.

- Tomou café amargo com o adoçante que odiava.

- Sentiu-se só.

- - Mas sentiu-se inteira.

- Quando o sol tocou o mar, sorriu sem motivo.

- O telefone nunca tocou.

 

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TROVAS (estilo ABAB):

 

1.

 

No silêncio da alvorada,

uma alma se desfaz.

Entre a dor e a madrugada,

o relógio ri em paz.

 

2.

 

Um café sem companhia,

adoçado pela ausência,

faz da noite poesia,

e da solidão, essência.

 

3.

 

A janela abre ao mar,

o céu tinge-se de rosa.

Quem sou eu pra não amar

essa solidão preciosa?

 

4.

 

A cidade ainda dorme,

o mundo é quase meu.

A madrugada se informe

do tanto que me aconteceu.

 

5.

 

E se a noite for amiga,

não me venham acordar!

Quero o tempo que abriga

meu direito de pensar.

 

6.

 

Galo canta a claridade,

latem cães à solidão.

Desperta a cidade

e o sol toca o chão.

 

7.

 

A insônia me faz inteira,

como quem sabe calar.

Na vigília verdadeira,

sou silêncio a respirar.

 

8.

 

É castigo ou é bênção

essa ausência de dormir?

Tudo vira recompensa

se é pra dentro que se ir.

 

9.

 

No nada da madrugada,

encontro meu coração.

Nem feliz nem perturbada,

apenas em conexão.

 

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RESENHA ENUMERADA – “Insônia Infeliz e Feliz” (autoria de Clarice Lispector)

 

1. Tema central:

A insônia como um fenômeno ambíguo – sofrimento e prazer, silêncio e pensamento, vazio e sentido.

 

2. Tonalidade do texto:

Intimista e reflexiva, com alternância entre angústia e contemplação.

 

3. Dualidade explorada:

A autora constrói dois momentos da insônia – o primeiro, desesperador; o segundo, quase espiritual.

 

4. Uso da linguagem:

Simples, poética, rica em metáforas sensoriais. A solidão é sentida como presença física.

 

5. Ritmo:

Fragmentado, como os pensamentos durante a noite. Cria identificação com o leitor insone.

 

6. Cenário envolvente:

O mar, o som dos galos e cães, o café solitário e o nascer do sol criam um ambiente cinematográfico.

 

7. Contraponto simbólico:

O telefone representa a ausência de contato. E, paradoxalmente, o silêncio é conforto.

 

8. Valor subjetivo:

Revela a importância de aceitar os momentos de introspecção e desconexão do mundo.

 

9. Final reconfortante:

A insônia se dissolve no calor do dia, no afeto familiar, e em pequenos gestos de amor cotidiano.

 

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CONCLUSÃO:

- A insônia, tão temida por muitos, pode ser também uma companheira silenciosa.

- - Ela nos aproxima de nós mesmos, revela sentimentos adormecidos, e nos oferece uma pausa na correria da vida. - Quando deixamos de combatê-la e a escutamos, descobrimos que o vazio pode ser fértil.

 

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FRASE-SÍNTESE:

- A insônia não é ausência de sono — é presença de si.

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(By: #Lbw-IA, Beckhauserparadiesecke, Oma, Pirahystrasse, Joinville-SC, 21 de abr/2025, segunda-feira.)

Beckhauser
Enviado por Beckhauser em 21/04/2025


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